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Vamos unir os nossos braços lusitanos?

 

Nós, Portugueses, heróis de ilustre peito lusitano, a quem Neptuno e Marte obedeceram, descendentes de reis que propagaram a Fé, o Império e “as terras viciosas de África e Ásia” (“mais do que prometia a força humana”), por entre os vários séculos da nossa História – testemunhamos repetidamente – esta capacidade de conseguirmos “dar a volta” a todas estas situações de crise financeira em que nos encontramos actualmente.

Os “agoiros” derrotistas de tantos e a exaltação do desânimo de outros, que ultimamente se tem vindo a registar, acompanhados do desalento e a nostalgia daqueles mais necessitados, leva-nos muitas vezes a perder a Esperança. No entanto, iremos por certo combater, com empenho e sacrifício, “dar a volta” a todas estas situações.

A sabedoria popular confirma o mesmo, ao citar frequentemente os nossos dotes de improvisação, adaptação e informalidade, aquilo a que correntemente se chama “Desenrasque”! É verdade que falhamos muitas vezes por desorganização, descoordenação, falta de planeamento, pontualidade, fiscalização e profissionalismo.

“São traços indiscutíveis do nosso carácter nacional”, que exasperam aqueles que pretendem construir algo entre nós. Mas, como é do conhecimento público, “Errar é humano”, é por essa razão, que devemos unir as nossas forças, os nossos braços lusitanos, “mais do que promete a força humana”, para pudermos enfrentar, de cara levantada e sem vergonha, as nossas dificuldades que no nosso dia-a-dia se nos depara. Temos muito mais valor do que estar sempre a lamentar os nossos erros e acusar os culpados.

O grande Aristóteles disse um dia: “Um homem verdadeiramente bom e sábio na consideração de todas as coisas deve suportar as mudanças da fortuna de forma digna. Procurará sempre agir da maneira mais nobre que as circunstâncias permitem, como um general que emprega as suas forças actuais de forma mais vantajosa na batalha, ou o sapateiro que faz o melhor sapato de couro que tem à mão, ou outro artesão em circunstâncias similares”.

E é isso mesmo. O que define uma pessoa, ou um Povo, é a sua nobreza no sofrimento e não a sorte que o afecta. Se as actuais dificuldades são nossa culpa, elas também advêm da conjuntura internacional, na sequência histórica, das circunstâncias mundiais.

Por muito que a arrogância moderna o afirme, nós não controlamos a nossa vida, as condições da batalha que enfrentamos ou o couro que nos vem à mão. Mas controlamos sempre a forma como lutamos perante os ataques, o que fazemos com esse couro. No meio da dureza do quotidiano é possível adquirir fortuna, conquistar dignidade, manter a honra, mas há uma coisa que só se consegue por dom, a Esperança!

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